Independentemente do porte ou do tipo de atividade, se você já tem ou pretende abrir uma empresa, precisa conhecer a importância do fluxo de caixa para o negócio.
A princípio, pode parecer algo simples, pois toda a empresa precisa abrir e fechar o caixa diariamente, certo? Porém, na prática, é frequente vermos esse processo negligenciado por parte de muitos empreendedores. Isso pode causar sérios prejuízos à empresa, conforme veremos a seguir.
O que é e qual a importância do fluxo de caixa?
Quando falamos em fluxo de caixa, estamos nos referindo ao acompanhamento das movimentações financeiras de uma empresa. Basicamente, essas movimentações correspondem a entradas e saídas de dinheiro que ocorrem em determinados períodos.
Quando realizado de forma sistemática, o fluxo de caixa é uma importante ferramenta de gestão, pois permite identificar como os recursos financeiros estão sendo alocados na empresa. Ao fazer essa análise, é possível avaliar se a alocação desses recursos traz bons resultados à operação, ou se o dinheiro está sendo gasto de forma desnecessária. Caso seja identificado algum desperdício, é possível atuar para que passe a ser evitado, o que contribui positivamente para o resultado da atividade.
Outro ponto importante da gestão do fluxo de caixa é o registro do histórico de entradas e saídas da empresa. Conhecendo esse histórico, fica mais fácil prever tendências a partir das movimentações financeiras que possam ser realizadas.
E como montar um fluxo de caixa?
Não existe uma fórmula única para elaborar um fluxo de caixa, pois isso dependerá da complexidade e do volume de movimentações financeiras de cada empresa. No entanto, existem regras básicas que podem ser aplicadas a qualquer negócio.
A seguir, conheça algumas das mais importantes.
1 – Não deixe de registrar nenhuma movimentação financeira
Todas as entradas e saídas de caixa precisam ser registradas, independentemente dos seus valores. Isso porque, mesmo que determinada receita ou despesa pareça inexpressiva, ela pode fazer grande diferença no final do mês, caso ocorra com frequência.
Além de fazer esses registros, é preciso classificá-los, ou seja, especificar de onde veio ou para que foi utilizado o dinheiro. Isso ajudará a sua empresa a traçar um plano de ação sobre essas movimentações financeiras, quando for preciso.
2 – Acompanhe as entradas e saídas de caixa diariamente
Isso vale para todo o tipo e porte de negócio. Quando você confere diariamente a movimentação do caixa, consegue evitar surpresas desagradáveis, como o esquecimento de uma conta a ser paga ou o não recebimento de alguma venda que estava prevista para o dia, por exemplo.
Mas atenção: você só pode considerar no fluxo de caixa o dinheiro que efetivamente entrou ou saiu. Se você vendeu no cartão, ou fez uma compra para pagar daqui a alguns dias, isso só terá efeito no seu caixa quando a venda for recebida e quando você efetivamente pagar a compra.
3 – Não misture as contas pessoais com as da empresa
Isso pode parecer óbvio, mas muitos cometem o erro de misturar o orçamento pessoal com as contas da empresa, principalmente no caso de microempreendedores e pequenas empresas.
Nessas situações, dificilmente o empresário atribui um salário a si próprio. Por isso, naturalmente utiliza recursos do caixa da empresa para pagar as suas contas. Ao fazer isso, o planejamento da empresa pode ser prejudicado, pois ficará mais difícil avaliar os gastos que estão sendo feitos efetivamente por conta do negócio.
4 – Conheça a sua necessidade de capital de giro
Saber o quanto você precisa de capital de giro para o negócio também é fundamental para que consiga montar um fluxo de caixa.
Para isso, você precisará ter um bom controle dos valores e prazos dos seus clientes e do contas a pagar. Com essas informações, você conseguirá saber, por exemplo, se o prazo médio que concede aos clientes está em sincronia com o que você tem junto aos seus fornecedores.
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